Ao longo dos dois últimos anos, a AIMMAP e o CATIM desenvolveram em conjunto o Roteiro para a Descarbonização e Capacitação para o setor metalúrgico e metalomecânico, assumindo uma vez mais a responsabilidade do papel vanguardista do METAL PORTUGAL nos grandes movimentos de modernização e transição, nomeadamente digital e energética.
Na verdade, o METAL PORTUGAL, um dos pilares da indústria nacional, enfrenta o desafio da transição energética e climática e este roteiro surge como uma ferramenta estratégica para apoiar as empresas na redução das suas emissões de carbono, promovendo simultaneamente competitividade, inovação e sustentabilidade.
Trata-se de um projeto contruído em torno de três pilares, todos eles complementares. Por um lado, a elaboração do próprio documento com o roteiro, com um conjunto de boas práticas e indicação de medidas de eficiência energética e de descarbonização.
Por outro lado, a realização de dez ações de capacitação e dez workshops, realizados ao longo de todo o território nacional como intuito de capacitar as empresas para os vários temas que circulam em torno do tema da descarbonização.
E finalmente, a construção de duas ferramentas inovadoras, muito importantes e interativas para as empresas do setor, com o objetivo de realizar simulações, autodiagnóstico e cálculos, por forma a orientar e incentivar a indústria na adoção de tecnologias ajustadas à sua realidade e aos seus processos, permitindo a eficiência energética e promover a descarbonização.
Estas duas ferramentas de apoio às empresas, são essenciais para facilitar o cálculo da pegada de carbono da empresa e o cálculo do roteiro da empresa, são complementadas com várias medidas horizontais, e com o objetivo de apoiar as empresas do setor metalomecânico português na sua transição para a neutralidade carbónica. Encontram-se disponíveis em https://carbonfreemetalportugal.pt.
Os três pilares que acabo de identificar são desde logo, obviamente, uma enorme vantagem para as empresas do METAL PORTUGAL.
Mas explorando um pouco mais a fundo o tema das mais-valias que o Roteiro de Descarbonização tem para as empresas, logo se conclui que se trata de um tema quase infinito.
Desde logo, a redução de custos operacionais já que a implementação de medidas de eficiência energética e a adoção de fontes de energia renovável permitem a redução da fatura energética, menor dependência de combustíveis fósseis, otimização de processos e identificação de oportunidades de melhoria.
Além disso, não podemos esquecer que a sustentabilidade é cada vez mais um fator decisivo para atrair novos clientes e mercados internacionais, para o cumprimento de exigências de grandes cadeias de valor a até mesmo para o reforço da imagem da marca junto de stakeholders e consumidores.
A tudo isto acresce que a transição para tecnologias mais limpas impulsiona a modernização, a digitalização e automação de processos e o desenvolvimento de novos produtos e serviços mais circulares e sustentáveis.
Finalmente, quando o setor está alinhada com metas de descarbonização têm maior facilidade em aceder a fundos europeus e nacionais, Participar em programas de apoio à inovação sustentável.
O Roteiro de Descarbonização do METAL PORTUGAL não é apenas uma resposta às exigências regulamentares, mas essencialmente uma oportunidade estratégica para transformar o setor, tornando-o mais preparado para o futuro.
